Não existe amor em SP

Nascida, criada e apaixonada por essa cidade que inspira paixões e múltiplas canções. O que mais dizer dessa São Paulo que, apesar de dura e fria, carrega em seu concreto a marca nítida dos seres humanos? São mais de 3 mil melodias cantadas e tocadas em homenagem a essa importante cidade brasileira que foi palco das mais diversas formas de expressão artística (vide Semana de 22). Dentre seus admiradores mais sinceros estão: Adoniran Barbosa (e seu inesquecível Trem das Onze), Tom Zé, Paulo Vanzolini, Caetano Veloso (dando um apelido carinhoso à gélida cidade: Sampa), Itamar Assunção, Passo Torto, Racionais Mc's e Criollo.

Dando enfoque ao autor da música utilizada de título para esse post: Criolo começou seus trabalhos em 2011 com o álbum "Nó na Orelha". Totalmente autoral, as dez faixas receberam produção de em 2011 com o álbum "Nó na Orelha". Totalmente autoral, as dez faixas receberam produção de Ganjaman e Marcelo Cabral. Um ano depois esse mesmo disco foi editado em vinil e lançado na Europa. Desde seu lançamento, já foram 12 prêmios (incluindo Melhor Artista Masculino, Melhor música e Artista Revelação pela VMB MTV) e mais de 200 shows (inclusive na Dinamarca, e Nova York). Em 2013 lançou "Duas de Cinco", single com duas faixas inéditas em vinil e dowload gratuito em seu site. 

"Um labirinto místico, onde os grafites gritam" é a frase que define São Paulo em sua música mais famosa: "Não existe amor em SP". Apesar de não ser tão elogiosa quanto outras músicas, retrata o cotidiano do paulistano que vaga pelas ruas buscando uma forma de preencher sua alma vazia da melhor maneira possível. Uma cidade afundada na ganancia e na vaidade, e que, por conta de seu estereótipo de pólo comercial, acaba por perder a poesia encontrada nas sua construções de concreto. 

Com uma batida envolvente, depois de ouvir a música é impossível não pensar: por que não existe amor em SP?

Como saída para encontrar essa resposta usei meu corpo. Sim, meu corpo. Porque quando as palavras e a música não são mais suficientes, só resta a dança...